30 de junho de 2016

Lançamento do livro Histórias de Carreiros, do escritor Rogério Corrêa

Foi lançado mais uma obra pelo selo do Instituto/Editora ICEIB

Sinopse do livro Histórias de Carreiros de Rogério Corrêa: Com a evolução tecnológica, gradativamente os carros de
boi foram substituídos por meios de transportes modernos. Hoje são raros os fazendeiros que os utilizam no dia a dia em suas fazendas e consequentemente as histórias e a rica tradição dos carreiros estão desaparecendo. No livro Histórias de carreiros, o filósofo Rogério Corrêa fez uma longa pesquisa junto aos carreiros, candeeiros e sertanejos para resgatar algumas das histórias, causos e crendices, no intuito de passá-las adiante para que futuras gerações tenham a oportunidade de conhecê-las também. Histórias de Carreiros tem a capacidade de povoar o imaginário do leitor com as diversas situações vivenciadas pelos contadores, e fazer pensar no quanto as vidas deles eram sofridas, simples, e, ao mesmo tempo, instigantes.


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23 de junho de 2016

O Instituto ICEIB marcou presença na DENTE




O Instituto ICEIB marcou presença na DENTE que é uma feira de publicações independentes e autorais com foco na produção que circula fora do meio editorial e comercial convencionais.
A feira aconteceu nos dias 17 e 18 de junho de 2016  no CONIC, e contou com autores, selos e editoras independentes de todo o Brasil, além da exposição dos finalistas do Prêmio Dente de Ouro e oficinas.

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17 de junho de 2016

Texto do livro Arrebol, da escritora Maria Montillarez

Texto "Sorte sua" que consta do livro "Arrebol", da escritora Maria Montillarez:

Para se viver como vitorioso tem-se que fazer parecer fácil. Obstáculos? Ah, você não os viu!
Para o vitorioso é de bom tom aparentar que obstáculo é coisa de gente fadada ao
insucesso. Desprezar as dificuldades, até desdenhar delas, deve ser trivialidade. Tornar-se, portanto, absolutamente alheio às barreiras transpostas, é um tipo de antídoto. É a explicação da qual se valem certos analistas pós-vitoriosos, dos porquês doutros vitoriosos procederem sem tombos visíveis.
Tenho outra opinião:

Acreditar nesses idiotas é uma armadilha. Eles têm a missão de transformar seres humanos em alienados competitivos em demasia. São capazes de sugar toda sua vitalidade, jovialidade – esqueça a família! –, até você se tornar inútil, um bagaço de laranja e, se brincar, levam-lhe o bagaço.

Como vitorioso, quando maliciosamente for inquirido, acerca de quão difícil foi esta ou aquela batalha, você deve sorrir e dizer que não foi nada, apenas um esquivo aqui, um deslocar-se ali, e tudo caminhou para onde tinha de ir, como já estava pré-concebido ao seu inquiridor; que tudo foi obra do acaso, estar no lugar certo na hora certa... Do contrário, ele vai sim, discordar de você, e minimizar os seus vastos esforços. Ele não quer mesmo saber o quanto lhe custou.

Tenho outra opinião:

Ele não se importa com você, nem com os meios. Só com os fins, os resultados, isto, se forem bons.

Utilizando-se desse artifício, embora pareça penoso e você desejasse mesmo dar algum bom exemplo, esqueça. Disfarçar o seu horror ao descaso do outro, lhe doerá menos. Principalmente, se seu inquiridor for seu melhor amigo, ou seu familiar preferido, ou (o pior!) seu chefe. Não por maldade dele (será que não?), é claro, mas porque ele tem a gentil necessidade de vê-lo como um vencedor, e vencedor não arde, não sangra, não geme... Já experimentou fingir uma fraqueza? Logo lhe acusarão de estar fazendo corpo mole. Baseados na sua folha corrida, esse tipo de acusação não soaria absurda demais? Sim, mas só para você. Pois ele só quer uma ínfima lacuna para declarar que você deve tudo em sua vida à sorte. Você é cuzão.

Tenho outra opinião:

Invejosos são trabalhadores, porém, incompetentes demais para validar qualquer outra pessoa. Alguns, além de invejosos e incompetentes, são também narcisistas, o que lhes dificulta olhar para além do próprio umbigo, então, a sina do invejoso – para nosso deleite – é afogarem-se no próprio merdaral.

É sábio parecer que não lhe custou parte da saúde, as noites insone em busca de soluções; mãos e pés calejados... E, já que tudo, em síntese, foi sorte, deve continuar a parecer, de fato. Você tem espírito elevado, espírito de vencedor, e não polemiza sem motivo, não entra em luta previamente inglória.

Tenho outra opinião:

É da natureza humana a dissensão, o confronto. O humano que tem possibilidade de expandir seu conhecimento – privilégio de poucos neste país –, questiona, debate, propõe. Briga como uma onça preta. A passividade é comportamento dos domados, condicionados. Cuide que sua mente continue pertencendo a você, não a terceiros. A quem pertence sua mente?

Ser bem-sucedido é um grande fardo. Sair da merda e andar fora da sarjeta gera curiosidade, surgem as perguntas. Você começa a pensar que teria sido mais fácil ocultar-se atrás do pretexto de que não teve êxito em seus intentos, devido à má sorte e ficar lá, junto com aqueles que nunca vencem ou não tentam. Quase duvida de si mesmo!

É compreensível que o nome que dão ao seu esforço e impulso de superação magoe. Porém, é só mais um dos obstáculos a transpor, um mergulhar em si e descobrir a força que o eleva, e isso é parte do processo que o torna capaz de realizar feitos notáveis.

Minha opinião para você, notável:

Erga a cabeça, sacuda os ombros e continue andando. É contra sua natureza fracassar.

Minha opinião para você, acomodado:

Ao invés de azedar o seu próximo, faça sua própria sorte. Contrarie sua natureza de escorpião.

Muitas vezes o sortudo ri, de si para si, e conclui que foi mesmo grande sorte ter êxito, a despeito das incomensuráveis dificuldades – que o acomodado nunca notou! Quase acredita que essa ave agourenta está com a razão. Felizmente seu bom senso é parte constituinte de sua matriz de vencedor. Logo despreza a concepção de sorte e azar. Cada um faz seu destino: ação e consequência, ou dizendo mais francamente: cada um colhe o que planta.

A sorte, portanto, para o vitorioso, é exatamente isso. Ser vencedor ostentando a leveza da modéstia, da simplicidade; trabalhando duro e até sangrando, numa solidão indescritível, mas tão certo como o horário de verão é uma presepada, terá muita companhia para dividir os resultados.


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