11 de abril de 2018

Texto do livro Arrebol, da escritora Maria Montillarez

Texto "Sorte sua" que consta do livro "Arrebol", da escritora Maria Montillarez:

Para se viver como vitorioso tem-se que fazer parecer fácil. Obstáculos? Ah, você não os viu!
Para o vitorioso é de bom tom aparentar que obstáculo é coisa de gente fadada ao
insucesso. Desprezar as dificuldades, até desdenhar delas, deve ser trivialidade. Tornar-se, portanto, absolutamente alheio às barreiras transpostas, é um tipo de antídoto. É a explicação da qual se valem certos analistas pós-vitoriosos, dos porquês doutros vitoriosos procederem sem tombos visíveis.
Tenho outra opinião:

Acreditar nesses idiotas é uma armadilha. Eles têm a missão de transformar seres humanos em alienados competitivos em demasia. São capazes de sugar toda sua vitalidade, jovialidade – esqueça a família! –, até você se tornar inútil, um bagaço de laranja e, se brincar, levam-lhe o bagaço.

Como vitorioso, quando maliciosamente for inquirido, acerca de quão difícil foi esta ou aquela batalha, você deve sorrir e dizer que não foi nada, apenas um esquivo aqui, um deslocar-se ali, e tudo caminhou para onde tinha de ir, como já estava pré-concebido ao seu inquiridor; que tudo foi obra do acaso, estar no lugar certo na hora certa... Do contrário, ele vai sim, discordar de você, e minimizar os seus vastos esforços. Ele não quer mesmo saber o quanto lhe custou.

Tenho outra opinião:

Ele não se importa com você, nem com os meios. Só com os fins, os resultados, isto, se forem bons.

Utilizando-se desse artifício, embora pareça penoso e você desejasse mesmo dar algum bom exemplo, esqueça. Disfarçar o seu horror ao descaso do outro, lhe doerá menos. Principalmente, se seu inquiridor for seu melhor amigo, ou seu familiar preferido, ou (o pior!) seu chefe. Não por maldade dele (será que não?), é claro, mas porque ele tem a gentil necessidade de vê-lo como um vencedor, e vencedor não arde, não sangra, não geme... Já experimentou fingir uma fraqueza? Logo lhe acusarão de estar fazendo corpo mole. Baseados na sua folha corrida, esse tipo de acusação não soaria absurda demais? Sim, mas só para você. Pois ele só quer uma ínfima lacuna para declarar que você deve tudo em sua vida à sorte. Você é cuzão.

Tenho outra opinião:

Invejosos são trabalhadores, porém, incompetentes demais para validar qualquer outra pessoa. Alguns, além de invejosos e incompetentes, são também narcisistas, o que lhes dificulta olhar para além do próprio umbigo, então, a sina do invejoso – para nosso deleite – é afogarem-se no próprio merdaral.

É sábio parecer que não lhe custou parte da saúde, as noites insone em busca de soluções; mãos e pés calejados... E, já que tudo, em síntese, foi sorte, deve continuar a parecer, de fato. Você tem espírito elevado, espírito de vencedor, e não polemiza sem motivo, não entra em luta previamente inglória.

Tenho outra opinião:

É da natureza humana a dissensão, o confronto. O humano que tem possibilidade de expandir seu conhecimento – privilégio de poucos neste país –, questiona, debate, propõe. Briga como uma onça preta. A passividade é comportamento dos domados, condicionados. Cuide que sua mente continue pertencendo a você, não a terceiros. A quem pertence sua mente?

Ser bem-sucedido é um grande fardo. Sair da merda e andar fora da sarjeta gera curiosidade, surgem as perguntas. Você começa a pensar que teria sido mais fácil ocultar-se atrás do pretexto de que não teve êxito em seus intentos, devido à má sorte e ficar lá, junto com aqueles que nunca vencem ou não tentam. Quase duvida de si mesmo!

É compreensível que o nome que dão ao seu esforço e impulso de superação magoe. Porém, é só mais um dos obstáculos a transpor, um mergulhar em si e descobrir a força que o eleva, e isso é parte do processo que o torna capaz de realizar feitos notáveis.

Minha opinião para você, notável:

Erga a cabeça, sacuda os ombros e continue andando. É contra sua natureza fracassar.

Minha opinião para você, acomodado:

Ao invés de azedar o seu próximo, faça sua própria sorte. Contrarie sua natureza de escorpião.

Muitas vezes o sortudo ri, de si para si, e conclui que foi mesmo grande sorte ter êxito, a despeito das incomensuráveis dificuldades – que o acomodado nunca notou! Quase acredita que essa ave agourenta está com a razão. Felizmente seu bom senso é parte constituinte de sua matriz de vencedor. Logo despreza a concepção de sorte e azar. Cada um faz seu destino: ação e consequência, ou dizendo mais francamente: cada um colhe o que planta.

sorte, portanto, para o vitorioso, é exatamente isso. Ser vencedor ostentando a leveza da modéstia, da simplicidade; trabalhando duro e até sangrando, numa solidão indescritível, mas tão certo como o horário de verão é uma presepada, terá muita companhia para dividir os resultados.


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Os amigos de sempre, de Maria Montillarez

O livro Os amigos de sempre, da escritora Maria Montillarez é o tipo de romance que desperta ou amor ou ódio visceral. Por
isso, a autora Maria Montillarez escreveu o Prólogo pro-réu: “ [...] Escrevi esta [...] conforme as impressões que o real me causou. Num momento eu estava perdida entre o real e o imaginário, noutro embebida daquele viço vicioso de ser homem jamanta, pois o macho brasileiro é especial em seu modo de ver o mundo; ele pode ir de um extremo ao outro, sem mais delongas ou explicações. Já ouvi que a culpa é do clima tropical. Nada mais inverossímil do que isso. Nada mais cômodo do que justificar a história de opressões contra a mulher atribuindo a culpa ao clima. Se assim o fosse, o que dizer dos países gélidos com seus machistas seculares? De todo modo, o leitor é dono das interpretações que fizer daquilo que ler. E, citando Gonçalves de Magalhães: “... não se compõe uma orquestra só com sons doces e flautados; cada paixão requer sua linguagem própria, seus sons imitativos, e períodos explicativos” (Suspiros Poéticos e Saudades, 1836). Magalhães se antepunha à crítica e disse mais: “Eis as necessárias explicações para aqueles que lêem[sic] de boa fé, e se aprazem de colher uma pérola no meio das ondas; para aqueles, porém, que com olhos de prisma tudo decompõem, e como as serpentes sabem converter veneno até o néctar das flores, tudo é perdido; o que poderemos nós dizer-lhes?... Eis uma pedra onde afiem suas presas; mais uma taça onde saciem sua febre de escárnio.” (idem, ibidem).

Façam suas apostas antes de iniciarem a leitura!

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Combinação catastrófica: corrupção, mentira e falta de ética

O livro Combinação catastrófica: corrupção, mentira e falta de ética, pelo selo do Instituto ICEIB. O livro esta disponível na versão digital nas principais livrarias do país.
Sinopse do livroÉ inegável que nos últimos anos parte da população está descrente quanto ao comportamento de alguns servidores públicos e políticos, devido envolvimentos desses em atos censuráveis, com destaque para os casos conhecidos como Mensalão Petrolão. Estamos vivendo um momento de incertezas e crises em quase todos os campos. Fatos esses que têm provocado verdadeira indignação e descrença em boa parte da sociedade. Nesta obra, o filósofo Rogério Corrêa traz à tona alguns temas inquietantes e difíceis de serem resolvidos, como A ética na política é uma necessidade e/ou obrigação?; Corrupção: é uma ferida na sociedade brasileira; Mentira na política: uma combinação catastrófica para a sociedade; Uma análise filosófica do Código de Ética do Servidor Civil do Poder Executivo Federal; É preciso acreditar que dias melhores
virão; e Considerações sobre a melhor forma de governo. Por fim, na obra se fez reflexões e discussões sobre esses assuntos e suas implicações para a sociedade, além de ressaltar a importância de se ter comportamento retilíneo, de se ser moralmente correto, probo, cumprindo o dever de cidadão e de bem administrar a coisa pública, sendo exemplo para os demais.  

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A ESTRADA DO DESTINO, de Anchieta Napoleão

Descrição do livro "A ESTRADA DO DESTINO", de Anchieta Napoleão:
O romance de ficção A Estrada do Destino, discorre em prosa (e em alguns versos), a saga, a epifania e a desconstrução do preconceito. Naquela ambientação, os personagens Thomas Porto e Dagny Diriê de Carvalho vivem o Existencialismo. A Estrada do Destino, obra inaugural de Anchieta Napoleão, no segmento romance, é narrado em primeira pessoa, com relatos de emoção e sentimentos durante a trajetória de vida de pessoas em vulnerabilidade social, lutando com coragem e criatividade pela autossubsistência. Um dos maiores dramas dessa história é quando o protagonista Thomas, aos sete anos de idade, é deixado sozinho em casa enquanto os pais, artistas, saíram para fazer mais um dos costumeiros shows e não voltaram mais. O garoto foge de casa e logo é adotado por um casal que o encontra na rua. É criado por esse casal e educado na fé cristã, porém cercado de muita pobreza. Com a morte desses pais adotivos, Thomas se aventura indo para Fortaleza―CE, na esperança de encontrar seus pais biológicos, pois seu coração palpitava nesse sentido. Em Fortaleza ele conhece Diriê, uma moça que o encanta pela beleza, simplicidade, talento e semelhante luta pela sobrevivência. Precisa conquistá-la.


 Mais um lançamento pelo selo do Instituto/Editora ICEIB. 

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Sob o olhar do mal, de Maria Montillarez

Prefácio do livro Sob o olhar do mal, de Maria Montillarez:

A escritora Maria Montillarez não se cansa de surpreender seus leitores pela maestria com que navega por várias áreas e questões complexas de nossa sociedade, as quais tornam os seus romances tão ricos e inovadores.
Apesar do respeito e admiração por Maria Montillarez, minha agenda desfavorecia a que 
eu pudesse prefaciar o livro Sob o olhar do mal. Eu teria de recusar o privilégio, embora olhasse para os originais que eu deveria ler para prefaciar, e uma profunda reverência ao trabalho dela me impelisse a lê-lo, pois, sempre que a leio, saio da experiência modificado.
Por isso, caro leitor, não pretendo enganá-lo acerca do conteúdo deste livro, e irei aconselhá-lo a não ler Sob o olhar do malse sua intenção não for a de se tornar mais um leitor preso às teias de outro intenso romance urdido por Maria Montillarez! Atesto que fui pego pela trama de Sob o olhar do mal, quando disse a mim mesmo: Lerei a primeira página e direi à Maria Montillarez que lamento, mas o ofício me impediu de prefaciá-lo etc., etc., e tal.
Tão logo iniciei a leitura, telefonei a ela, já um tanto comprometido, contagiado... Antes de eu dizer qualquer negativa, ela me garantiu: “Você tem todo tempo do mundo pra escrever esse prefácio! Não se apresse!” Me desarmou. Mas eu disse a mim mesmo que iria ser capaz de resistir ao livro. Encostei-o. Já estava virando ponto de honra.
Tive uns reveses na vida, Maria Montillarez apareceu para os pesares, como boa companheira de Academia, e, apesar do sentimento nítido, vi nos olhos dela aquele compromisso do prefácio. Bati o pé em silêncio. Não ia ter prefácio!
Mas o que era aquilo? Afinal ela nem tocara no assunto? O que havia entre mim e os livros dela? Oras, não tinha a ver com Maria, era com os livros dela que eu me embatia. Ia ganhando tempo.
Certo dia, abri um e-mail dela que tratava de assuntos relativos à Academia de Letras da qual somos confrades. De algum modo li letras pululando na tela: “Não estou cobrando nada, mas escreva se lembra do prefácio?”
Comecei a pensar que o livro tinha poderes e me espionava. Contudo, era minha consciência de leitor rendido, e não pude parar naquela primeira página. O conteúdo do romance foi me instigando a seguir em frente, página após página, para saber o desenrolar da história. Em vários momentos obriguei-me a refletir sobre alguns padrões impregnados em nossa sociedade, graças a abordagem de temas que ainda são tabus para muitos e geram preconceito, discriminação e até exclusão social: pode-se, ás vezes pensar que eles estão errados, enquanto tabus, sendo tão somente preconceitos.
O objetivo de alguns dos personagens principais é viver uma vida plena, buscando saciar suas paixões, mesmo que elas saiam do senso comum. Isso corrobora com a singularidade da obra, essa que marca profundamente e nos torna leitor-presa neste interessante enredo.
Assim, rendido, disse a mim mesmo que faria aquela leitura em... talvez, uma semana! Em um milênio, escreveria o prefácio, oras! Sou filósofo, e apreciar literatura me dá um pouco nos nervos!
Qual foi minha grata surpresa?
A leitura que seria de uma semana (ou mais), eu a fiz em um dia! Pela razão simples e única de que devorei o livro! — E o livro me devorou!
Maria Montillarez é reputada como autora de romances longos, com muitas páginas. No entanto, Sob o olhar do mal é um livro curto, mas de conteúdo intenso e instigante. Portanto, para quem gosta de ler um excelente livro, recomendo que viva sua experiência Sob o olhar do mal.

Rogério Corrêa


Filósofo e escritor mineiro.

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Otimistas incorrigíveis

Descrição do livro Otimistas incorrigíveis:  Ser otimista é parte da personalidade de todo
brasileiro. Mesmo o brasileiro mais pessimista, traz consigo alguma dose de otimismo. O livro Otimistas Incorrigíveis harmoniza vários escritores em volta de um mesmo tema, que é a esperança. De diferentes vertentes, cada escritor dá provas desse otimismo, impregnado ao eu de cada brasileiro. Embora os textos sejam de tipologias diferentes e enfoquem óticas diversas, é interessante notar que, não obstante hajam problemas de toda sorte neste país, e a máquina administrativa governamental esteja rota, a esperança dá às caras: uns brasileiros fazem trabalhos de formiguinhas para melhorar o espaço ao seu redor, e outros vão às ruas pedir moralidade. Isso é ser otimistas incorrigíveis, com muito orgulho e com muito amor!

 Mais um lançamento pelo selo do Instituto/Editora ICEIB. Acesse um dos links abaixo e conheça algumas de nossas obras:

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Contando Dinheiro, do escritor uruguio Maximiliano Álvarez com o selo do ICEIB

Contado Dinheiro, do escritor Uruguaio Maximiliano Álvarez:

Sinopse: Entre os anos de 2004 e 2006, o protagonista conseguiu seu primeiro trabalho em um lugar onde circulava muito dinheiro e muita gente neurótica. Contando dinheiro é a história deste personagem durante esses dois anos, em um coquetel de dinheiro, sexo, drogas, música e neuroses. Se sua vida necessita de sobressaltos, este romance te injetará adrenalina por horas. 

Mais um lançamento pelo selo do Instituto/Editora ICEIB. 

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Posse da diretoria executiva da Academia Samambaiense de Letras - ASLAS

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